[Cinema] Poder Sem Limites
E se nós, adolescentes juvenis, começássemos a adquirir poderes? O que faríamos, meu Deus do céu?
Brincaríííamos com eles, exatamente! Principalmente se esse poder fosse telecinésia (habilidade de mover ou deformar objetos apenas com o poder da mente). Claro que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, tio Ben, mas nosso primeiro impulso seria aproveitá-los pra nos divertir, como fazer um urso de pelúcia se mexer para assustar criancinhas serelepes. Mas sim, problemas podem surgir se alguém, como esse meninão aí em cima, começa a fazer besteiras.
Primeiramente, as cenas do filme são todas rodadas a partir de câmeras dos personagens (found footage) ou câmeras de segurança. Isso não é novidade, já vimos isso em Cloverfield, por exemplo, mas caiu bem no filme: ponto para o diretor Josh Trank, que teve esse como seu primeiro filme de certo renome.
O jovem da foto, Andrew Detmer (Dane DeHaan), adquiriu uma filmadora. E aí o filme começa. O cara passa a filmar tudo. Logo na primeira cena, vemos que o pai dele é um bêbado desgraçado que só sabe dar esporro e que sua mãe tem uma doença pulmonar gravíssima. Junto de seu primo Matt Garetty (Alex Russell) e do candidato a representante de turma Steve Montgomery (Michael B. Jordan), Andrew descobre um buraco do inferno e vai ver o que tem dentro dele. Pedras azuis brilhantes e fazedoras de barulho, meu caro. Não, ninguém sabe o que p**** é essa.
O fato é que nas próximas tomadas da câmera, aparecem os três começando a se descobrir (ui!). Os poderes vão crescendo aos poucos, fazendo legos flutuarem e talz, mas depois de um tempo eles até voam. E, com isso, eles vão brincando com as pessoas, assustando, etc. A desgraça é que Andrew começa a se descontrolar e isso só piora devido às brigas com seu pai.
E nesse conflito de o que é "certo ou errado" a fazer com os poderes, é que a película se desenrola:
O esquema da filmagem em 1ª pessoa é muito bom, já disse isso. Mas, em certas cenas agitadas, ele peca por deixar a câmera muito estabilizada. Isso não tira mérito nenhum. O modo como as cenas aparecem cortadas também é muito bom, deixando as tomadas com uma cara bem amadora. Além disso, a telecinésia foi bem explorada como forma de controle da câmera pelo Andrew.
A atuação também é de se destacar, pois a maioria dos atores só tinha feito papéis secundários em séries de tv, até agora. Estão todos bem no filme.
O filme é muito bom, explora bem a maneira dos adolescentes de lidar com novas capacidades, o egoísmo e o ego. Ninguém, ao descobrir super poderes iria, de cara, vestir uma fantasia e salvar o mundo. Com o tempo, quem sabe, mas de cara não.
E é isso, navegantes, nota 8,5 para o filme em questão. Recomendamos. =]
Abraço aí pra vocês!