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[TV] Game of Thrones - Impressões sobre a Segunda Temporada


Domingo passado, saiu o penúltimo episódio da segunda temporada daquela que vem sendo apontada por muitos como a melhor série da atualidade. Sim, para a tristeza de todos, Game of Thrones está chegando ao fim. Mas a terceira temporada foi confirmada, e se os deuses maias forem justos, 2013 chegará com mais novidades dos Sete Reinos.




Este ano, a HBO investiu ainda mais na produção dos dez episódios que compõem a segunda temporada de Game of Thrones. Além de mais grandiosa, a série voltou mais polêmica do que nunca entre os fãs. Portanto, o NerdVerso resolveu fazer um balanço do que já saiu, com comentários e impressões sobre  algumas novidades apresentadas este ano. E como é de praxe, não faltaram comparações com os livros que deram origem à série televisiva. Porém, antes de continuar, deixo o aviso: por mais que tenha me preocupado em evitá-los ao máximo, pode ser que nos parágrafos a seguir  haja um ou outro spoiler.  Então, o ideal é que você tenha visto os episódios antes de seguir em frente.

Depois da incrível superprodução que foi a primeira temporada, de toda a repercussão atingida, do aumento colossal nas vendas dos livros e da fama mundial que o George R. R. Martin adquiriu, as expectativas acerca da nova temporada eram as maiores possíveis.

O segundo ano de Game of Thrones seria baseado quase inteiramente no conteúdo do volume 2 das Crônicas de Gelo e Fogo, “A fúria dos reis”. O título do livro já nos dá uma idéia da situação de Westeros (o continente fictício onde se desenvolve a maior parte da história), que depois dos acontecimentos da 1ª temporada, vê-se repartido e sob o domínio de cinco reis diferentes. O reinado de Joffrey encontra-se ameaçado por Robb Stark, que agora é Rei do Norte, e pelos irmãos do falecido rei Robert Baratheon, Renly e Stannis, ambos reclamando para si o disputadíssimo Trono de Ferro. Enquanto isso, Daenerys Targaryen, do outro lado do oceano, tenta conseguir os meios necessários para voltar a Westeros e dominar o continente, com os poucos Dothrakis que decidiram acompanhá-la e os seus filhotes de dragões. Ao lado disto tudo, os homens das Ilhas de Ferro, terra natal de Theon Greyjoy, enxergam uma oportunidade de também reclamar uma coroa.

Além dos personagens centrais já conhecidos pelo público, houve adição de novos nomes ao elenco. Entretanto, os fãs mais ranzinzas que esperavam episódios tão semelhantes e fieis aos acontecimentos do livro quanto os do primeiro ano da série, parecem ter se decepcionado bastante. Para começar, alguns eventos do terceiro volume, “A tormenta das espadas”, foram adiantados para a segunda temporada. Ou seja, houve uma mixagem da história do segundo livro com alguns acontecimentos que só ocorrem no volume seguinte. Mas esta não é a questão que vem despertando reclamações dos mais fanáticos: acontece que, nesta temporada, os roteiristas e produtores David Benioff e Dan Weiss resolveram tomar mais liberdades com o enredo. Algumas alterações na história original foram sentidas pelos leitores assíduos dos livros. Personagens queridinhos ficaram de fora e muitas passagens presentes nos romances foram cortadas ou modificadas.


Como para todo grande fenômeno de cultura pop, existem fãs babacas e imaturos, houve gente xingando a HBO e as mães dos produtores de GoT, ameaçando boicotar a série e bater a cabeça na parede até que os deuses de Westeros tomassem alguma providência em relação à “audácia” do canal ao fazer o necessário para transpor uma obra literária para a televisão: adaptá-la. Cada mínimo detalhe dos livros que não teve espaço na TV já era o suficiente para despertar a fúria de alguns fãs extremistas, que nunca perdem a oportunidade de inundar a internet com reclamações inúteis. E o que pode ser maior que a ira de um fã de Guerra dos Tronos que ficou sem os personagens Jojen e Meera na série? Talvez o ego de um Lannister, mas isto não vem ao caso.

Diante de tanta polêmica, e enquanto esperamos pela season finale, pontuei alguns dos elementos que tiveram maior destaque nesse ano, que geraram diversas manifestações do público e, é claro, contribuíram para acrescentar ainda mais sucesso à produção, ou, no mínimo, incentivar toneladas de comentários vindos de todos que a acompanham. Sei o que devem estar pensando agora: corta a baboseira e vamos direto ao ponto! Pois claro, atendendo aos vossos pedidos, partiremos para as impressões acerca da segunda temporada. 

Os novos rostos – Este ano, as adições ao elenco não foram poucas. A maioria dos personagens introduzidos em “A fúria dos reis”, e indispensáveis para a história, também tiveram presença marcada na série. O irmão mais velho de Robert Baratheon, que é bastante citado na primeira temporada, finalmente dá as caras. Stannis Baratheon, descrito nos livros como um homem sério e inflexível, até que foi bem incorporado pelo ator Stephen Dillane. Porém, não consegue ter a mesma presença em cena que o seu fiel seguidor conhecido como “cavaleiro das cebolas”, Sor Davos Seaworth, vivido por Liam Cunningham. Algumas das melhores cenas desta temporada foram aquelas com participação de Davos, que sempre possui ótimos diálogos.

Outro acréscimo foi o da atriz Carice van Houten, assumindo o papel de Melisandre, a Sacerdotisa Vermelha que conseguiu inserir um pouco de chamas à personalidade gélida de Stannis. É uma das figuras mais misteriosas, sensuais e temíveis das Crônicas de Gelo e Fogo, características que couberam bem no perfil da atriz escolhida para o papel.


Fomos apresentados também à família de Theon Greyjoy, os Ironborn. Provavelmente, os homens mais duros de todos os Sete Reinos, depois de Stannis.  São residentes das Ilhas de Ferro, lugar inóspito e impróprio ao cultivo, o que fez com que seu povo se dedicasse à navegação e à guerra. Para reconquistar a glória outrora possuída, os Ironborn aproveitam-se da desordem geral provocada pelas guerras para também reclamarem para si o domínio de alguns territórios, entre eles as terras dos senhores do Norte. É quando Theon volta ao seu lar, depois de ter ficado anos em Winterfell, que conhecemos seu pai, o implacável Balon Greyjoy (Patrick Malahide) e a provocadora de sua irmã Yara (originalmente “Asha”, mas que teve o nome mudado na série para evitar confusão com “Osha”, a selvagem amiga de Bran), vivida por Gemma Whelan. Esta em especial recebeu críticas raivosas de todos os lados: grande parte dos leitores achou a atriz insossa demais para a personagem e desprovida de maiores atrativos físicos.

Outro destaque deste ano foram as duas “damas” ao redor do Rei Renly Baratheon. Uma é Margaery Tyrell, sua jovem esposa, interpretada pela sempre sensual Natalie Dormer (a Ana Bolena de “The Tudors”) e a outra, não exatamente uma dama, é Brienne de Tarth (Gwendoline Christie). Brienne é mais um cavaleiro de bom desempenho com espada e escudo do que qualquer outra coisa. É ai que Gwendoline Christie se revela como outra ótima escolha para o elenco: quando esta de armadura é confundida facilmente com um homem. Alta, forte, desajeitada e sempre disposta a exercer seu dever como cavaleira juramentada, revelou-se uma das personagens mais carismáticas desta temporada.

Mais um que vale citar é o misterioso Jaqen H’ghar. Para não revelar muito da trama, comentarei apenas que o ator escolhido para interpretá-lo, Tom Wlaschiha, está sensacional no papel. Sua atuação nos estimula a querer conhecer mais o personagem, aparentemente tão interessante e fascinante. Provavelmente alguns dos mistérios o envolvendo começarão a ser revelados no último episódio.

O que faltou de elogio para a irmã de Theon, sobrou para a atriz Rose Leslie, escolhida para viver Ygritte. Lógico que grande parte desses elogios foram motivados pela beleza estonteante de Rose, chegando até a ser excessiva demais para uma selvagem, mas é inegável sua ótima atuação, que, no fim, é capaz de convencer os telespectadores da origem da personagem. Seus movimentos e a forma de falar são aqueles que esperaríamos de alguém que sempre viveu na desolação gelada do norte do continente.  Tão bom é o desempenho da atriz, que fica clara a inferioridade da atuação do Kit  Harington, como Jon Snow. Apesar da química entre os dois ter se mostrado excepcional, é difícil superar o tratamento entediante que Kit dá ao seu personagem. Um pouco mais de atitude não seria mau né? 

Arya e Twyin Lannister – Assim como em “Fúria dos Reis”, a Arya também foi uma das personagens mais destacadas nesta temporada. Depois de fugir de Porto Real disfarçada de garoto, a filha mais porreta de Ned Stark teve que testemunhar muitos horrores em sua jornada para retornar a Winterfell. Como  tio Martin não alivia nada para nenhum dos personagens, Arya acaba sendo capturada por soldados dos Lannister e levada a Harrenhal, onde Lorde Tywin estabeleceu a sede de suas forças durante a guerra. 

É ai onde se inicia a melhor parte do núcleo da personagem durante a segunda temporada: as divisões em cena com o veterano Charles Dance, o Tywin Lannister em pessoa. Acho que não preciso nem lembrá-los da austeridade e competência que emanam da interpretação do ator, o que torna ainda mais impressionante o desempenho da menina Maisie Williams. Com 15 anos e sem muita experiência na carreira de atriz, Maisie não se deixa ofuscar, em nenhum momento, pela presença em cena de seu parceiro. A química entre os dois é incrível. Os diálogos afiados de Arya, seus olhares desafiadores e a segurança com que lida com as cenas de tensão sugerem um amadurecimento precoce da personagem, resultado dos percalços ao quais se viu forçada a enfrentar.  

Mindinho e sua máquina de teletransporte - Nem a Daenerys em sua jornada pelo Deserto Vermelho, muito menos Jon Snow desbravando as terras inóspitas para lá da Muralha, locomoveram-se tanto nessa temporada quanto Mindinho. O personagem aparecia em um local diferente em praticamente todo episódio, movendo suas palhinhas, arquitetando astuciosamente, convencendo os mais vulneráveis com seus discursinhos envenenados. Não há dúvidas de que Mindinho é um dos maiores jogadores na Guerra dos Tronos, nunca se sabe qual será a próxima carta escondida na manga que ele irá por em cima da mesa. Petyr Baelish é elemento de alta periculosidade, Eddard Stark que o diga, e esse ano estivemos mais expostos às suas travessuras pelo território de Westeros.  

Ros – A prostituição é a atividade mais requisitada nos Sete Reinos. Em Porto Real, cidade mais importante do continente, os bordéis de Mindinho são sempre altamente freqüentados, principalmente em tempos de guerra, com soldados e gente de todo lugar indo e voltando. Neste ambiente, entre tantas outras mulheres que sobrevivem por meio desta atividade, existe Ros, a prostituta mais conhecida pelos que assistem à série. A personagem, contudo, foi criada apenas para a TV, não havendo registro dela nos livros. De vez em quando, há uma cena em que Ros contracena com outros personagens importantes da trama, e nesta temporada, suas aparições também estão freqüentes... e mais cruéis. Alguns fãs acham estas cenas “desnecessárias”, por não possuírem tamanha importância para a história como outros acontecimentos que deveriam estar presentes na série. Porém, os momentos com a personagem são sempre bem executados, graças ao poder carismático da atriz Esmé Bianco. Personagens secundários como Ros, mesmo não estando presente nos eventos principais, são indispensáveis, principalmente por oferecerem alívios à tensão do roteiro e mostrarem realidades paralelas àquelas que envolvem os conflitos dos grandes senhores. Ainda mais, por que ela representa as inúmeras prostitutas que aparecem nas Crônicas de Gelo e Fogo.  Em meio à guerra e às constantes ameaças vindas de todas as partes, a vida dessas mulheres é uma verdadeira provação e a personagem Ros incorpora toda a força e desenvoltura desta classe. Sendo assim, viva Ros! 

Lobos – Os companheiros dos irmãos Stark estão maiores, mais ameaçadores e finalmente dignos de serem chamados de “lobos gigantes”. Na primeira temporada, mal se notava que havia algo de especial nos animais. Pareciam apenas lobos normais, como qualquer outro encontrado nas florestas do norte. Mas a equipe da HBO se redimiu e caprichou na aparência destes que também são personagens importantíssimos de Game of Thrones. A transformação pôde ser sentida logo no primeiro episódio, quando a aparição de Vento Cinzento no acampamento de Robb, durante o diálogo do Rei do Norte com o Regicida, provocou arrepios não apenas no irmão e amante da rainha Cersei, mas também nos telespectadores. Em compensação, no restante da temporada, as participações dos animais foram pequenas, assim como as cenas com os filhotes de dragões. Cortes de orçamento, né HBO?  

A vastidão do mundo das Crônicas de Gelo e Fogo – Tivemos uma dimensão muito maior do cenário gigantesco que compõe o universo criado por Martin. Em “A fúria dos reis”, muitos personagens, como Arya, Daenerys e Jon, deslocam-se bastante entre os territórios de Westeros e para além deles. Ou seja, nesta temporada a série adquiriu bem mais ar de verdadeiro épico. Um ponto positivo da HBO foi o de procurar gravar boa parte destas cenas em locações reais. Nada de computação gráfica, mas sim o aproveitamento dos cenários naturais oferecidos pelas belíssimas paisagens da Croácia e da magnífica Islândia, ilha gelada que promoveu a atmosfera perfeita para a gravação das cenas ao norte da Muralha, com Jon Snow e companhia. 


Já aqueles lugares que só são possíveis por meio de CGI, como Harrenhal, Pyke e Qarth, também não deixaram a desejar e, para um orçamento televisivo, foram muito bem feitos. Só faço uma ressalva em relação à Qarth. Como a maior cidade que já existiu ou existirá, esperava ver muito mais de suas ruas, seus mercados, seu movimento e suas belezas. Pouco do que a cidade tinha a oferecer foi explorado. Por falar em efeito especial, não poderia deixar de citar a comentadíssima cena do parto de Melisandre, extremamente bem executada.

Um reino em crise e no centro dele um anão – Não tem jeito: Tyrion Lannister é a estrela dessa série. Se na temporada anterior, o carisma e as peripécias do anão já roubavam a cena, este ano ele voltou com presença triplicada, e apaixonado. Tyrion é o personagem mais importante do segundo volume. Prova disso, é que a maioria dos capítulos são dele (15, no total, enquanto para Daenerys, por exemplo, só foram reservados 5 capítulos). Depois de passar por mal bocados, com sua captura por Catelyn Stark, o anão assume as rédeas do jogo dos tronos, pondo em prática toda sua sagacidade. Acompanhamos, então, o pequeno Lannister enquanto ele executa seus planos para tentar mudar as coisas em Porto Real, sempre usando de sua inteligência impressionante. Suas tiradas ácidas e os confrontos com Cersei estavam muito bem afiados nesta temporada. Cada aparição do ator Peter Dinklage é simplesmente sensacional. Todos os elogios nunca serão de menos para seu trabalho, que esperamos render mais prêmios ao ator este ano.
 
Mais ação medieval – É claro que não devemos esquecer que, apesar da excelente produção, Game of Thrones não possui um orçamento cinematográfico. A TV também não dispõe de tanto tempo, e cerca de uma hora por episódio não é suficiente para dar conta de todos os acontecimentos. Por isto, as cenas de guerra que tanto queremos ver muitas vezes têm de ser reduzidas, ou até mesmo, retiradas dos episódios. Na primeira parte do segundo volume das Crônicas de Gelo e Fogo, existem muitas batalhas acontecendo ao mesmo tempo. Nos primeiros episódios desta temporada, vimos apenas os resultados destes confrontos e não o calor do combate em si. 

 
Adaptar as cenas de guerra é um grande desafio para a HBO e havia bastante preocupação dos fãs sobre a forma como as batalhas de maior escala seriam feitas. Porém, no final de “A fúria dos reis” acontece um enorme combate que não poderia ter sido ignorado pelos roteiristas. E no último episódio antes da season finale, com a batalha de Blackwater, a HBO encheu o coração dos fãs com a mais genuína alegria. Um episódio inteiro dedicado à guerra entre Porto Real e as tropas de Stannis, com ótimas cenas de luta, excelentes efeitos e doses generosas de violência e dramaticidade. 

Sim, meus caros, o que a HBO economizou de orçamento nessa temporada, cortando gastos com outros possíveis detalhes da adaptação, foi para que “Blackwater” se tornasse possível. Quer presente melhor do que aquela cena extraordinária com a explosão dos navios provocada pelo “Fogo Vivo” dos alquimistas de Porto Real? No fim, as suspeitas a respeito do uso da substância se extinguiram com um show de destruição, horror e chamas verdes, de deixar o público boquiaberto. Inesquecível a lembrança das peles dos aliados de Stannis derretendo-se sob o Fogo Vivo e dos gritos de pavor dos homens atingidos, com o corpo em chamas sobre as águas. E sobre as muralhas da Fortaleza Vermelha, as expressões daqueles que observavam aquela paisagem aterradora e fascinante: um espetáculo esmeralda. Digo, sem hesitação, que esta foi a melhor cena de toda a série. A HBO fez, definitivamente, um trabalho magnífico e agradou completamente aos fãs, tanto que poucos ousaram reclamar do episódio (evento raro).   
 

Se eu for me basear apenas no penúltimo episódio desta temporada, eu diria, sem dúvidas, que a HBO conseguiu passar pelo teste de fogo, literalmente. Provou que é possível adaptar cenas mais difíceis para uma produção televisiva. Conseguiu bater recordes de audiência este ano e alavancar a série a um patamar mais elevado. Sim, Game of Thrones ta acima da média da maioria dos seriados de TV, não é novidade. A série tem bem mais personagens, mais histórias entrelaçadas e acontecimentos paralelos nessa temporada. Assim, é compreensível que outras coisas tenham ficado de fora da adaptação, afinal não é possível encaixar todos os elementos dos livros do Martin sem que eles fiquem confusos para o público da série. Mas como agradar a todos os fãs é mais difícil do que arrancar um sorriso do Stannis, exponha nos comentários o que você achou sobre a segunda temporada! Estes foram apenas alguns tópicos que escolhi debater, como não era possível falar sobre tudo em um post único. Mas quais foram outros elementos importantes que esqueci de citar? O que poderemos esperar do último episódio? Manifestem-se abaixo.

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