Crítica - Call of Duty: Black Ops
O mais do mesmo mais rentável da indústria do entretenimento chega na sua mais nova edição.
O primeiro Call of Duty se mostrou uma obra-prima nos jogos de guerra, que até então eram monopolizados por Medal of Honor. O jogo trazia mais aliados, missões variadas e veículos que o concorrente. Não tardou muito para sentar no trono outrora ocupado pela poderosa EA Games. A série atingiu números exorbitantes em Modern Warfare 2, quando se tornou o produto de entretenimento mais vendido em 24h da história. Tal recorde foi quebrado pelo próprio Call of Duty com sua nova edição: Black Ops. O que é curioso, porque a impressão que dá é que estamos jogando a mesma coisa desde o primeiro Modern Warfare (ou até antes).
Black Ops traz um roteiro bem mais claro que Modern Warfare 2. A história de conspiração gira em torno de Mason, um ex-Black Ops - operações secretas cuja existência nunca fora confirmada nem negada pelo governo americano - que se vê preso em uma sala de interrogatório ao estilo Jogos Mortais. Seu interrogador procura por números que possam desativar um projeto nuclear denominado Nova 6, que pode mudar o rumo da Guerra Fria. Mason não consegue se lembrar de tal número, e nas sessões, volta ao passado de suas missões em campo, passando por Cuba - dona da já obrigatória sequência polêmica da série. Dessa vez o mimimi gira em torno da missão onde o objetivo é matar Fidel Castro -, Washington (onde aparecem McNamara e o próprio presidente Kennedy), Vietnã, Hong Kong e União Soviética. Destaque para o personagem Reznov, que lhe acompanha durante praticamente toda a campanha e é dono das reviravoltas mais impactantes (mas nada originais, diga-se de passagem) do jogo.
Sem dúvida, esse é o Call of Duty mais hardcore já feito. As cenas iniciais provavelmente são as mais frenéticas da franquia. Mesmo no modo Regular, morrer logo nos primeiros minutos não será muito difícil. Com o decorrer do jogo, temos as já conhecidas missões de infiltração onde poupam-se os tiros e valoriza-se a discrição. Cenas em câmera lenta estão bem mais comuns que em Modern Warfare 2 e agora temos a adição de takes de câmera cinematográficos além da primeira pessoa.
Adições, ainda que mínimas são bem-vindas, como a inclusão de músicas pop durante certas sequências (a missão no Vietnã ao som de Sympathy for the Devil do Rolling Stones é excelente); além disso temos variações em missões como quando controlamos um caça e temos que mandar ordens para soldados que estão no solo, lembrando bastante jogos de estratégia como Command & Conquer; porém ao finalizar o jogo - o que não tarda muito, a curtíssima campanha dura aproximadamente 6 horas - dá a impressão que não jogamos nada novo.
Terminada a campanha, novamente temos o Modo Zumbi. Curiosamente, eles ainda são nazistas. E o mais divertido é que agora pode-se jogar com personalidades como Fidel Castro e Kennedy.
Não que Black Ops não seja uma boa opção de compra. Ainda temos o selo de qualidade Call of Duty. Gráficos estonteantes, sistema de mira impecável, design de armas excepcionais, explosões incríveis (das mais bem feitas do mercado). O jogo até tenta ter suas inovações, mas nada que não tenha sido visto nos jogos anteriores da série.
Nota: 8.5