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Crítica - L.A. Noire

O Avatar dos games.


Costuma-se dizer que depois de Avatar, o cinema nunca mais foi o mesmo. As tecnologias criadas por James Cameron são encontradas agora em diversos outros filmes. No mundo dos videogames, a Rockstar está acostumada com isso. Responsável por popularizar o gênero sandbox e ditar tendências no ramo, ela, em parceria com a Team Bondi, trazem L.A. Noire e mais uma vez, elevam o conceito de jogos eletrônicos a outro nível.

Desta vez, do lado da lei, você vive o novato oficial Cole Phelps (Aaron Staton), herói de guerra, que ingressa no Departamento de Polícia da Los Angeles dos anos 40. Esqueça Grand Theft Auto, o conceito aqui é completamente diferente. Nada de sair atropelando civis ou batendo em todos os carros. Você é um policial, precisa agir como um. 


Sua função é investigar uma série de assassinatos no decorrer do jogo. A grande maioria deles, baseados em casos reais. Para isso, o jogo se divide basicamente em duas partes:

Investigar a Cena do Crime: 


Seu departamento recebe a denúncia e o envia ao local do incidente. Chegando lá é preciso analisar com cuidado todas as pistas. Qualquer objeto espalhado pelo cenário pode vir a ser uma pista importante para solucionar o caso (ou, na maioria das vezes, pode não significar nada). A mecânica é simples, mas requer atenção. Passeie pelo cenário em busca de objetos suspeitos, ao chegar perto deles, o controle vibrará, permitindo que você o analise. Além de objetos, também é necessário analisar o corpo da vítima.

Interrogue suspeitos, vítimas ou testemunhas: 


Prepare-se pra afiar seu inglês. Um dos requisitos básicos para aproveitar 100% do jogo é prestar bem atenção nos diálogos. Vítimas, suspeitos ou testemunhas serão entrevistadas por você. E aí entra a revolução de L.A. Noire. Os interrogatórios baseiam-se nas expressões faciais e corporais, e atinge um nível de detalhes nunca antes visto, graças a uma nova tecnologia de captura facial de atores reais desenvolvida exclusivamente para o título. Graças a ela, não são precisos atos complexos para justificar a motivação dos personagens. Simples detalhes como olhares, mordidas na boca ou tiques nervosos podem denunciar um impostor. É preciso ficar atento aos detalhes dos interrogados para afirmar se este está dizendo a verdade, duvidar do mesmo ou acusar que está mentindo - para isso é preciso que você tenha alguma prova.

O mais interessante em L.A. Noire é que estas duas características estão estritamente interligadas. Por exemplo: Caso uma evidência crucial esteja tão bem escondidas que você não encontrou em sua busca pela cena do crime, não será possível provar que o culpado está mentindo. Mas não há motivos para entrar em desespero. Há mais de uma maneira de solucionar os casos. Se aquele personagem não deu a informação necessária, haverão outros modos de consegui-la. 

Cenas de ação também estão presentes - ainda que de forma muito mais discreta que nos outros títulos da Rockstar. Elas aparecem apenas quando se torna necessário, tornando a história ainda melhor. Nenhum policial que se preze vai entrar na casa de um suspeito atirando e matando quem encontrar pela frente. Mas, se o acusado em questão fugir, por exemplo, prepare-se para perseguições alucinantes - a pé ou de carro. Ou ainda, se for preciso conter um assalto a mão armada, o tão conhecido sistema de tiroteios está presente e é tão eficiente quanto em Red Dead: Redemption.


Como o título sugere, estamos em Los Angeles. Uma cidade banhada por estrelas de cinema, criminalidade, jazz e corrupção. Essa atmosfera tão famosa pelos clássicos filmes noir é construída com perfeição. O cenário é gigantesco (o maior já construído pela Rockstar, com 12 km²) e assustadoramente bem detalhado. A variação de carros é boa, o figurino dos personagens igualmente e, destaque para a trilha sonora que está no nível de Redemption.

Um jogo dessa proporção ocupou três DVD's no Xbox 360 e quase um Blu-Ray inteiro no PlayStation 3, então, às vezes é possível notar uma leve queda na taxa de quadros, porém nada que interfira a sua diversão. Outro ponto negativo é que a mecânica dos carros está um tanto simplificada demais, perdendo um pouco daquele realismo visto em GTA IV. 


O melhor jogo do ano até agora e com grandes chances de permanecer assim até o fim de 2011, L.A. Noire já entrou pra história e promete mudar os rumos da indústria de games graças à nova - e assustadora -tecnologia de reconhecimento facial. Indispensável para os proprietários de PlayStation 3 e Xbox 360.

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Author: admin
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