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Devaneios - Hype atrapalha?


Recentemente adquiri o título para Xbox 360 pelo qual estava mais ansioso no ano, L.A. Noire. Quem acompanha meu Twitter deve ter visto como estavam minhas expectativas para o jogo. Já que tem um bom tempo que a RockStar não me decepciona e, por se tratar de um tema que eu adoro, investigação, não me importei em jogar o hype nas alturas.

O bom samaritano e nerdnauta Jack Ford Coppola, em conversas pelo Twitter, me aconselhou várias vezes a baixar minha bola e disse até que estava esperando o clima passar, pra então jogar o L.A.. Achei curioso. Eu não faria isso, já que quanto mais cedo começasse a investigar os crimes de Los Angeles, melhor. Mas é mais que válido a preocupação do cara. Ficar super empolgado com L.A. não afetou minha experiência, mas esse não é um caso isolado. Já fui muito prejudicado por essa mesma atitude. E provavelmente, você também.


É simples: quanto maior for a sua vontade de ver algo espetacular na telona, nas páginas ou nos games, é mais provável que o produto em questão não atinja as suas expectativas. É o chamado HYPE. Hype é quando seu amigo vira pra você e o convida pra uma festa em que, segundo ele, a proporção será de quatro mulheres gostosas para um nerd. Você passa a semana inteira se preparando, treinando todas as suas técnicas de abordagem, pegando pesado na academia, nada pode dar errado, o hype está transbordando. 

Mas o mundo, tal qual um Kinder Ovo de merda, é uma enorme caixinha de surpresas. E, graças a nossa vasta experiência em comprar Kinder Ovos depois da escola, sabemos que é muito mais fácil encontrar um quebra-cabeça patético, do que um ROBÔ GIGANTE DESTRUIDOR SUPER PODEROSO! Ou seja, 80% de chances daquela festa ser assim:

FESTA DURO!

O lado bom do hype pode ser também o lado ruim. Explico: quando se está super empolgado com o que quer que seja, você pode se vislumbrar tanto com as qualidades, que deixa todos os defeitos de lado. E é até cientificamente comprovado por alguém cujo não me darei o trabalho de pesquisar, que nosso cérebro, em uma partida de futebol, por exemplo, guarda a longo prazo apenas as grandes jogadas do seu time. Ou seja, o jogo teve seus altos e baixos (provavelmente mais baixos), mas no dia seguinte você só irá berrar: "MEU MENGÃO JOGOU MAIS QUE O BARSA! VOCÊS VIRAM? VIRAM?". É, ou não é?

Mas analisemos: o senso crítico serve para lhe induzir ou induzir os outros a comprar ou não a ideia. Certo? Mas uma vez que você está tão animado, que deixa sua parcela crítica de lado, e se diverte tanto quanto quando zerou pela primeira vez Super Mario Bros. em sua tenra infância, vale mesmo à pena ficar preocupado depois pensando: "Eu deveria ter sido mais frio ao analisar isso."? Não foi melhor gozar de todas as maravilhas que aquilo lhe proporcionou?

Parece muito redundante, mas o objetivo do entretenimento não é exatamente entreter? Por isso eu acho que em alguns casos, quanto mais você possa ajudar o jogo/filme/livro/whatever a cumprir esta tarefa, mais válido é. O importante é lembrar que nem todos os casos são como você. Seu amiguinho pode, muito bem, ser mais contido e ver todos os defeitos que você não viu. Eles existem? Sim. A diferença está no nível que eles afetam a experiência de cada um. 

Eu não estou jogando fora todo o conceito do nosso próprio site. Afinal, somos formadores de opinião e, eventualmente nos posicionamos de um lado para afirmar se o produto é bom ou ruim. Mas vale ressaltar que quando escrevemos algo aqui, obviamente também somos influenciados pelos nossos gostos. Ou seja, damos a dica, mas o que vale mesmo é que você analise do jeito que quiser.

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Author: admin
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