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Devaneios - O Poder da Música

"A música é o barulho que pensa" - Victor Hugo.


Amigos, o que acontece quando o vestibular se aproxima e surgem os intensivões preparatórios? Eu lhes respondo: muita merda. Muito recentemente a agenda escolar colidiu com a data de um vestibular que fui fazer por experiência e o resultado foram quatro dias seguidos de provas. Mas não eram quatro dias quaisquer. Foram sexta, sábado, domingo e segunda (lembrando que a semana anterior foi toda de aula e a posterior idem). E vocês devem concordar comigo que, quer tirar um sujeito do seu eixo? Arranque-o seu final de semana e o coloque para fazer provas de noventa questões.

Enfim, após esses quatro dias de tormenta, por reação quase que natural do meu organismo, passei por dias sombrios. Era como aquela fase obscura do mês em que você tem que tratar sua namorada com mais cautela, porém, era em mim. Não via graça em nada, não tinha vontade de nada, não tratava ninguém como deveria. Ou seja, fui o filho da puta mor do universo por alguns dias.

O resultado não podia ser outro: briguei com quem não deveria. E aí tudo piorou, fui para a região mais profunda do poço. E essa experiência me mostrou o poder da música. Deixe-me explicar: voltando pra casa depois de uma conversa trágica com a senhora de olhos azuis, tranquei-me no quarto precisando me isolar do mundo. Queria ser o Goku naquele momento. Não para soltar uma genki dama no Planeta Terra, mas para voar para fora dele e ficar meditando sem ninguém incomodar.

Porém, por não possuir cabelos espetados, olhos arregalados e a capacidade de me transformar em Super Sayajin, resolvi o problema trancando portas e janelas do meu quarto e apagando as luzes. Mas ainda faltava alguma coisa. MÚSICA. É aí que deito na cama com meu celular, e coloco o mais pra baixo dos blues disponíveis, no mais alto volume do meu querido fone de ouvido, tendo como resultado exatamente a sensação de ser transportado para uma realidade alternativa onde o mundo poderia desabar, eu estaria ali curtindo o momento. 

Remember When - The Black Keys: A música da tal fossa

Bem verdade, era um puta momento depressivo. Mas quando se está pra baixo, há duas alternativas: ouvir música para se afundar mais ainda ou ouvir música pra tentar se animar. Meu estado de espírito de porco queria se afundar, e não há nada de errado nisso, não é mesmo? Como diria nosso amigo Iuri: "É uma experiência foda, fica aquela dorzinha que lá no fundo você até gosta de sentir.". Se estamos na merda, vamos aproveitá-la. E para isso, nada melhor que um bom blues.

Mas esse foi um momento isolado. Não sou desses que se afunda demais o tempo todo. É interessante passar por isso uma ou duas vezes como experiência de vida mesmo, mas a música é ainda mais poderosa quando acompanha momentos agradáveis.

Quem nunca sentou numa roda de amigos ouvindo um Jack Johnson, por exemplo? Se isso aconteceu em uma praia, melhor ainda. A música ajuda a criar o clima, faz você abrir aquele sorriso mesmo sem querer, não porque alguém contou algo engraçado, mas porque você está aproveitando mais aquele momento conduzido por uma melodia agradável. 


A Bronight regada a Only The Ocean - Jack Johnson


O melhor de tudo é que todas as vezes que você ouvir aquela música de novo no futuro, associará àquele momento inesquecível. Outro dia, por exemplo, em uma sensacional Bronight na varanda da minha casa, jogando videogame e conversa fora, começamos a ouvir Only The Ocean, do supracitado Jack Johnson. E como três das pessoas presentes ali - Iuri, Yago e este que vos fala - estavam passando por momentos fofos com suas respectivas senhoras, demos uma pausa no FIFA para curtir a melodia e viajar na letra. Não deu outra, Only The Ocean é a música certa para relembrar aquela noite épica.




É mais ou menos assim que surgem as músicas temas de relacionamento. Ou uma música que ambos gostam toca em um momento especial, ou a letra é motivo de longas conversas, enfim, várias são as possibilidades de tornar uma música uma "eterna love song de nós dois".

Talvez isso tudo se dê porque às vezes, só uma música traduz aquele sentimento. Schopenhauer dizia que: "A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende", e foi exatamente isso que aconteceu naquela noite miserável trancado no meu quarto, ou naquela Bronight com Yago, Iuri, Pedro e Ivan, ou quando ouço "Ali - Skank" e lembro da tal senhora de olhos azuis... Enfim, basta ouvir a música certa, no momento certo. 

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Author: admin
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