[Resenha] FIFA 12
Sabe quando eu paro de jogar FIFA? Quando um FIFA novo é lançado.
Na época em que eu era um mero mortal adepto àquele ainda chamado de Winning Eleven, no meu cinza, retangular e pesado PlayStation 1, não sabia o lado bom da vida. Lembro-me bem de um primo (sempre tem um primo nessas histórias. Tenho pena de você que tem pai e mãe filhos únicos) trazer ao meu quarto um exemplar de FIFA 2001. Aquele momento foi como apresentar o RedTube a um moleque que só via Playboy. Expandir horizontes.
Naquela época, Winning Eleven ainda era melhor, tudo bem. Mas você não imagina o diferencial do FIFA, jovem. Quando cometiam faltas, os jogadores... BRIGAVAM COM O JUÍZ, MALUCO. E foi isso, por causa disso abandonei o futebol feito por japoneses e virei o que pode se chamar de FIFEIRO.
E certas escolhas nessa vida são como religião. Você fã de Star Wars que não suporta Star Trek, sabe do que eu tô falando. E assim fui jogando o segundo melhor jogo de futebol até 2008, quando a EA Sports deu um banho BONITO na última geração de consoles e de lá pra cá foi só alegria.
FIFA 12 continua o reinado. Simulando mais do que nunca, e por simular entenda te dar a experiência mais próxima de uma partida real que um videogame pode te proporcionar.
O novo e tão comentado sistema de colisões cumpre o prometido. Deixa tudo muito mais real, e aqueles momentos em que você dá aquela gargalhada porque a queda foi muito feia e você é um desgraçado espírito de porco estão bem mais frequentes. Assim como pausar pra dar replay e ver a queda de novo (seu safado). É claro que há pequenas falhas, algumas quedas que não eram pra acontecer, jogadores sendo levantados bizarramente, mas raramente e é um ponto que sem dúvida será refinado nas próximas versões.
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Pule, jovem Messi. Ou eles vão rir da sua queda. |
Não jogue seu controle pra cima nas primeiras horas de jogo. Provavelmente você irá perder algumas partidas (eu realmente espero que você perca várias, se só eu tiver apanhado tanto, será humilhante, entenda.). O sistema de defesa está repaginado. Agora é preciso dar o bote certo, na hora certa, pra tomar a bola do adversário, e apertar o botão na hora errada vai defecar sua zaga, deixando aquele buraquinho maroto para o atacante passear serelepe e pimpão rumo ao gol.
Talvez o único ponto negativo e que infelizmente conta para o lado do rival Pro Evolution é que por algum motivo dos diabos, a engine usada pelo FIFA não permite rostos tão próximos dos reais na maioria dos casos. Apesar de que alguns jogadores dos times maiores passam por um processo da Eletronic Arts onde eles vão lá, tiram fotinhas com câmeras megabogas, fazem a leitura da face e toda aquela maravilha. Nesses casos, alguns jogadores virtuais ficam assustadoramente parecidos, como o gatão do Ozil. Mas a merda é que a grande maioria, que não passa por isso, acaba um tanto genérica, e se você for jogar com os brasileiros, vai sofrer bastante caso se importe muito com esse detalhe.
O Brasileirão está lá mais uma vez, infelizmente com menos times licenciados que a versão passada. Mas o que importa é que o Flamengo é três estrelas e meia e eu bolei uma formação que com certeza ganho de goleada de você, mas isso é bobagem.
Portanto, a escolha entre FIFA e PES fica por sua conta, mas minha recomendação vai para o... putz, não vou nem dizer, né. Apenas reforço que esse é um daqueles obrigatórios do ano. Da década. Da vida.