[Resenha] Gears of War 3
Marcus Fênix e sua turma em mais um jogo com muita confusão.
Usar uma Lancer de bengala, segurar uma Shotgun com uma mão... bom, você escolhe quem é o mais badass. |
A série Gears of War é um dos orgulhos dos caixistas. "E daí que vocês tem God of War e Uncharted? A gente tem Halo e Gears of War, otários!". Eu já fui bem paga pau de Marcus Fênix e seus amiguinhos, mas terminada a trilogia, meu conceito caiu um pouco, porém sem deixar de ser fã.
Gears ditou tendência e assim como God of War, criou um estilo copiado até dizer ENOUGH IS ENOUGH! I have had it with these motherfucking snakes on this motherfucking plane! Nesse sentido, temos o auge da série. Novas armas que são simplesmente uma explosão de testosterona - experimenta sair pinicando todo mundo com um Cutelo ou usar a baioneta da Retro Lancer, correndo enquanto urra pra cima do seu alvo e você vai entender o que eu tô falando -, o sistema de cobertura (principal contribuição da franquia pra os videogames) está mais refinado, assim como os gráficos bem mais limpos e com uma iluminação supimpa.
Mas roteiro não é e nunca foi o forte de GoW. A história tem lá seus bons momentos, até um pouco emocionantes em alguma partes, mas o que prevalece é a clichezada doida que dá até gosto de ver. Frases prontas e canastrices em geral que você sabe exatamente quando vão entrar. Mas essa já se tornou uma marca registrada da série, e se tivessem mudado, seria como um Tarantino sem violência, Michael Bay sem explosões ou Zack Snyder sem câmera lenta (e aqui fica minha sugestão para uma nova versão de "Fico Assim Sem Você).
A história do jogo gira em torno da busca pelo pai de Marcus Fênix, que todos acreditavam ter partido dessa para uma bem melhor. Essa peça é fundamental, já que o COG (o esquadrão dos dois primeiros jogos) não existe mais e agora é preciso lutar contra duas raças diferentes, os já conhecidos Locust e os novatos Lambents. E tudo indica que Papai Fênix pode dar um jeito em tudo.
O plot é até interessante e o começo do jogo é deveras vitorioso. O combate da primeira missão e a técnica de mostrá-lo por dois ângulos ajuda a dar uma boa variação na história. E as missões que servem pra trabalhar a personalidade de alguns membros do seu grupo (como a ida ao Trashball Stadium) são bastante eficientes. Os problemas começam a aparecer a partir da metade da história.
THIS... IS... Gears? |
Não que não seja legal descarregar sua Lancer ou cortar um Locust no meio com uma serra elétrica. Já usei muito Gears of War como escapismo e forma de descontar raiva por qualquer coisa nesses aliens nojentos. E o último capítulo da série faz isso como ninguém. Os tiroteios são de tirar o fôlego muitas vezes, mas por se estenderem demais, uma hora vai cansar.
Os Lambents são uma das tentativas de variar um pouco os combates. Alguns até funcionam, como aqueles irritantes que quanto mais você atira, maior fica. Mas a falha deles foi a burrice de fazê-los explodirem ao invés de sair sangue. Matar alguém em Gears of War e não ver um bom sangue jorrado, é desperdício de balas.
A recomendação fica pra você jogar a campanha em modo cooperativo. Como de costume, o jogo cria várias situações onde é preciso um bom trabalho em equipe para avançar, e fazer isso com um amigo ao seu lado é bem mais divertido. O modo multiplayer também está viciante e frenético outra vez. Essa sim é uma maneira de passar horas e horas jogando sem abusar, já que as oportunidades de travar confrontos épicos com seus amigos nunca deixa de ser incrível.
Para todos os caixistas, é claro que é indispensável acompanhar o desfecho de uma das séries mais importantes da Caixa X. A série, apesar de persistir com algumas falhas que vem desde o primeiro jogo, termina provando que é responsável por uma das experiências mais inovadoras e divertidas em games de tiro.