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[ESPECIAL VINGADORES / HQ] Os Supremos

Bruno Almeida

Potencial desperdiçado.



Mark Millar é um sujeito curioso. Vive se gabando de suas criações( notamos isso no slogan da primeira edição de Nemesis, aonde tem escrito "Faz Kick-Ass parecer me#@%!!", como se Kick-Ass fosse uma grande obra) e de sua influência em Hollywood( alegou, ano passado, saber antes de todo mundo quem era o vilão do novo filme do Batman - mas no final descobrimos que eram dois), sempre escancarando involuntariamente seu narcisismo descontrolado. Tal narcisismo está presente ainda mais em suas últimas obras, já que ele escreveu arcos renomados, como Guerra Civil e o que este texto fará uma análise, Os Supremos.

Um detalhe importantíssimo que Millar, com um enorme sucesso atinge nessa série, é o desenvolvimento dos personagens. Ele leva muitas edições para completar esse objetivo, mas o faz com determinação. E, como já comentei no meu texto sobre Os Vingadores - Os Heróis Mais Poderosos da Terra, desenvolvendo os personagens você consegue garantir uma coerência com seus futuros atos, e em Os Supremos isso também acontece. A ação é extremamente bem retratada pelo traço de Bryan Hitch, sendo profissionalmente detalhado e realista. O espetáculo visual é garantido - e destaco a primeira edição( com os soldados chegando no campo de guerra de pára-quedas) e a quinta( em que Os Supremos lutam contra o Hulk).

Mas nem tudo são flores nessa série. O grande vazio que surge após o fim da leitura é decepcionante, já que passamos por 13 edições, 9 somente de desenvolvimento, para tudo ser resolvido somente na última, de maneira previsível e clichê. A introdução repentina e desnecessária de dois personagens - Gavião Arqueiro e Viúva Negra - é precipitada, já que Mark Millar teve espaço de sobra anteriormente para fazer isso. Em compensação, essa introdução nos leva a um momento épico, em que a Viúva Negra se lança de um prédio para outro, e no caminho agarra uma arma que havia sido lançada de um helicóptero.

Outro detalhe desnecessário é a briga entre Hank e Janet Pym. Não aprofunda os personagens, e só serve para separá-los permanentemente - e render outra briga interna, entre Hank e Steve Rogers, o Capitão América. O conflito principal da trama demora bastante para surgir, o que pode deixar a leitura cansativa para muitos, e sua conclusão é tão rápida que se mostra extremamente fácil de ser controlada: basta eles guiarem a fúria do Hulk pra cima dos vilões e fim de papo. Por falar em papo, o número exagerado de diálogos, sendo muitos e extensos até mesmo em momentos de pura ação, acaba prejudicando o ritmo da trama.

Mas Os Supremos é bastante divertido. Não só pela extraordinária ação, mas pelas piadas que vão surgindo aqui e ali. Mesmo com alguns defeitos, vale a lida, ainda que seja como um passatempo.

Nota: 6,0

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Author: admin
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