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[Resenha] The Elder Scrolls V: Skyrim


E depois de horas de batalha, o sol já se punha, meus companheiros caídos no verde campo, aproximo-me daquele gigante alado e dou o golpe de misericórdia. Ao morrer, ele libera um tipo de energia que penetra meu corpo. Os sobreviventes me cercam e exaltam: "Você é um Dragonborn!". Sinto uma força explodindo dentro de mim e urro:
- FUS RO DAH!
Não dá pra chegar no outro dia e contar pros seus amigos como foi sua jogatina de Skyrim sem parecer que você viveu algo épico. De uma ida à taberna a uma peregrinação de horas pelas montanhas geladas, passando por combates com dragões, tudo no jogo acontece de forma poética e pôr em palavras posteriormente é como encarnar um experiente guerreiro narrando suas aventuras.

"Único" é a palavra que define essa obra-prima (isso é mais que um jogo, amigos). Nem só pelo fato de que nunca outro título conseguiu se aproximar da experiência que The Elder Scrolls V consegue, mas porque cada jogador viverá uma história diferente.


Imagine assim: você acaba de nascer, certo? Seus pais vão lhe guiando até certo ponto, onde você não tem muita liberdade pra fazer o que quer, mas aí você completa seus dezoito, está numa faculdade e eles te deixam tomar suas próprias decisões, dar o rumo que quiser à sua vida. Com Skyrim é a mesma coisa. Os primeiros dezoito anos são os primeiros minutos de game, onde você começa como prisioneiro indo para a execução. Mas quando um dragão ataca a cidade que você está, todos correm desesperados, você acaba ajudando alguns moradores e enfim, se liberta, salva algumas vidas, faz amizades...

A partir daí o jogo... perdão, obra-prima, começa a te libertar das amarras. No máximo você escolhe seu nome, sua classe e é jogado no grandioso e lindo mundo de Skyrim. A escolha de classe é mais um detalhe que definirá sua aparência e dará alguns atributos como respirar embaixo d'água ou ser imune a envenenamentos. O que vai definir se no futuro você será o mago mais poderoso, o guerreiro mais letal ou o ladrão mais temido dos reinos, por exemplo, são as suas escolhas. 


O meu imperial Luan Alencarius, por exemplo (ria e não terás um futuro próspero) desde criança admirava as armaduras e espadas que seu pai usava, e portanto não exitou em treinar suas habilidades com uma espada de uma mão e um escudo de aço. Também forjou armaduras e elmos em Solitude para se defender das ameaças. 

Ou seja, Luan Alencarius é ágil com espada e escudo, e graças aos meus upgrades essas armas tiram um belo dano dos oponentes. Já sua magia é patética. Tanto que, só pra ver no que ia dar, tentei entrar na Escola de Magia (tá, eu chamo de Hogwarts, qual o problema?) e não consegui passar da primeira tarefa. Por isso estou me aliando à Legião e entrando na Guilda dos Assassinos. 

Pergunte a qualquer outra pessoa que esteja jogando e ouvirá uma história completamente diferente da que você acabou de ler. A infinidade de quests além da história linear, e as várias maneiras de resolvê-las, desenvolvem o personagem de maneira única.  


Dragonborn? Mas por Oblivion! O que isso significa? Eles tinham esperança no olhar. E era por minha causa, mas o que eu fiz?
- Você absorveu a alma daquele dragão! Você tem alma de dragão!  
Eu estava perdido. Não sabia o que aquilo significava. Um companheiro me explicou que os Dragonborns estavam extintos e apenas eles poderiam deter o retorno dos dragões. Sem os Dragonborns, o povo de Skyrim era um povo sem esperança. Percebi então que minha vida tinha um objetivo. Uma missão superior a tudo o que eu almejei desde cedo. Nasci com alma de dragão e fui predestinado a proteger meu povo. Parti então para a primeira de muitas peregrinações em busca de ensinamentos para me tornar um verdadeiro Dragonborn.

E essa é a história principal do título. Como se não bastasse um enredo com tanto potencial épico, somos presenteados ainda com gráficos belíssimos, num cenário absurdamente gigante (o mapa meio superficial às vezes torna essa dimensão um prato cheio para você se perder no meio do mato) e cheio de monstros e bichos com um design de personagem extremamente inspirado, note isso quando se pegar admirando até as telas de Loading, quando esses personagens ou outros elementos do game ficam aparecendo. E tudo isso guiados por uma das trilhas sonoras mais épicas já vistas nos videogames (não seria exagero dizer no cinema também). As músicas tornam cada ambiente único e ajuda na imersão. Por exemplo, ao entrar em uma taberna você vai ouvir as cantigas narrando os mitos de Skyrim; ao andar por uma calma floresta, a trilha amena vai te acompanhar até a chegada de um dragão, quando ela se altera para uma música agitada, quase como uma canção de guerra, com urros e gritos. 


Os supracitados cenários mereciam um texto, aliás, um LIVRO inteiro à parte. Quando começar a jogar, dê uma olhada no mapa só pra se situar na dimensão. É um absurdo. Sério, quando você ver, vai pensar que precisa de uns três aeroportos bem localizados ali pra conseguir se locomover. Tudo bem que sobrevoar o lugar seria uma boa, mas aí você iria colidir com um dragão e se foder. O bom mesmo é passar por cada cidade e ver como cada uma delas tem suas características e que todos que a habitam tem suas funções. E aí atravessar os portões e seguir na estrada rumo ao seu objetivo, passando por montanhas enevoadas, vales, florestas, cachoeiras... Ver que cada lugar daquele guarda seus segredos e suas surpresas. É indescritível. E não se preocupe, uma vez que você já tenha descoberto o lugar, é possível viajar até ele apenas abrindo o mapa e clicando no destino através do chamado "Fast Travel". Viajar pelo cenário é uma experiência única mas com umas vinte horas de jogatina iria acabar se tornando um fardo.


Mas também não dá pra exigir demais da obra-prima. Algo dessa dimensão só sairia isento de falhas em uma geração anos-luz à frente da que estamos. Por isso, alguns bugs podem acontecer, os personagens que te vão te seguir em algumas missões se atrapalham e se perdem facilmente... enfim, tudo extremamente aceitável. O que há de falha aqui, é causado pelas limitações que ainda temos, porque todo o esforço que a Bethesda podia fazer para tornar o jogo a melhor experiência possível foi feito, basta notar por exemplo que CADA PERSONAGEM no cenário inteiro tem uma fala, com dublagem e tudo, e eles sempre tem algo de interessante pra contar. Assim como você terá enquanto tiver vivendo essa vida alternativa e sem a menor vontade de sair dela.

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Author: admin
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